

Cidade registra terceira noite de distúrbios anti-imigração na Irlanda do Norte
Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (11) nas ruas da cidade de Ballymena, Irlanda do Norte, na terceira noite de manifestações anti-imigrantes, diante de uma forte presença policial.
As duas noites anteriores foram marcadas por uma violência intensa, que a polícia qualificou como "intimidação racista".
Os primeiros focos de violência explodiram na segunda-feira à noite, ao final de uma concentração em apoio a uma jovem, vítima de uma suposta tentativa de estupro, e à sua família.
No entanto, hoje as multidões se dispersaram sem a mesma violência registrada anteriormente, que havia deixado casas e lojas incendiadas e 32 policiais feridos.
Na noite desta quarta-feira, a polícia monitorou as centenas de manifestantes que caminharam pelo centro da cidade, de 31 mil habitantes. O subcomandante da polícia Ryan Henderson disse que pediu apoio às polícias da Inglaterra e do País de Gales para conter os protestos.
Seis pessoas foram detidas ontem e 17 policiais ficaram feridos nos distúrbios desencadeados após a acusação de dois adolescentes pela tentativa de estupro de uma jovem.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, condenou hoje a "violência irracional" na Irlanda do Norte. Também foram registrados "incidentes esporádicos" em outras partes da província britânica, especialmente em Belfast.
A polícia, que indicou que os atos violentos são motivados "por questões raciais", evitou informar sobre a origem dos dois jovens de 14 anos acusados pela tentativa de estupro em Ballymena. Segundo meios britânicos, eles se expressaram por meio de um intérprete romeno durante sua audiência no tribunal, na segunda-feira.
Os incidentes ocorreram especialmente em áreas onde vivem imigrantes romenos na cidade, situada cerca de 50 quilômetros a noroeste de Belfast.
"Condeno firmemente a violência da noite passada em Ballymena e em outras regiões da Irlanda do Norte, em particular contra agentes de polícia", declarou Starmer, diante do Parlamento.
W.Schubert--NRZ