

Justiça ordena destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ordenou nesta quinta-feira (15) a destituição do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, ao considerar que o acordo que o manteve no cargo é nulo devido a uma possível falsificação de assinatura.
"Declaro nulo o acordo firmado entre as partes", escreveu o magistrado Gabriel de Oliveira Zefiro na decisão obtida pela AFP. E, por isso, "determino o afastamento da atual diretoria da CBF", acrescenta o documento.
A decisão judicial ocorre na mesma semana em que a CBF anunciou a chegada do italiano Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira.
Mas a contratação do renomado treinador italiano, que assumirá o cargo no dia 26 de maio, chega em um período de turbulência na entidade máxima do futebol brasileiro.
Embora tenha sido reeleito por unanimidade em março para dirigir a CBF no período 2026-2030, Ednaldo já havia sido suspenso temporariamente no final de 2023, depois que a justiça anulou as eleições que o levaram à presidência.
Somente as pressões da Fifa e da Conmebol, que ameaçaram impor punições esportivas ao Brasil, conseguiram recolocá-lo no cargo.
Mas nesta quinta-feira o TJRJ considerou nulo o acordo que ratificou todo esse processo.
A decisão se deu "em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários", o ex-presidente da CBF Antônio Carlos Nunes Lima, mais conhecido como Coronel Nunes.
Questionado por jornalistas nesta quinta-feira sobre se confiava na autenticidade da assinatura, Ednaldo disse ter "certeza absoluta".
"O Coronel Nunes assinou com total convicção", respondeu o dirigente em Assunção, onde acontece o 75º Congresso Ordinário da Fifa, antes de sair a sentença.
A Seleção Brasileira tem dois jogos importantes em junho, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, contra Equador e Paraguai.
H.Schmidtke--NRZ