Neue Rheinischezeitung - Fifa se diz aberta a negociar com sindicato FIFPro, mas descarta 'monopólio'

Köln -
Fifa se diz aberta a negociar com sindicato FIFPro, mas descarta 'monopólio'
Fifa se diz aberta a negociar com sindicato FIFPro, mas descarta 'monopólio' / foto: © GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos

Fifa se diz aberta a negociar com sindicato FIFPro, mas descarta 'monopólio'

O diretor jurídico e de compliance da Fifa, Emilio García Silvero, acusou nesta quarta-feira (30) o sindicato FIFPro de querer ser o único representante dos jogadores de futebol, mas indicou que as portas da entidade "estão abertas" para negociação, "porém sem monopólios".

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"A FIFPro quer ser o único representante, o exclusivo; nós queremos escutar todos, as portas estão abertas, mas sem monopólios", declarou Silvero em uma entrevista coletiva por videoconferência.

A Fifa e o principal sindicato de jogadores mantêm uma relação tensa que se agravou nas últimas semanas, com a realização da Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos.

A FIFPro questionou o calendário sobrecarregado de jogos e expressou sua preocupação em relação ao calor durante a competição e o "escasso respeito" aos direitos dos atletas.

Sergio Marchi, presidente do sindicato, criticou a Fifa na semana passada, acusando o presidente da entidade, Gianni Infantino, de comandar uma "autocracia".

"Nós jamais poderíamos duvidar da legitimidade do presidente da FIFPro. O problema é que parece ser mais um problema do que uma solução. A mesa está sempre posta, as portas estão sempre abertas para os representantes dos jogadores", continuou Silvero.

"A Fifa não vai violar a liberdade sindical. Dito isso, eles não são os únicos, existem sindicatos que não são membros da FIFPro e que estão descontentes com a FIFPro (...) A Fifa está disposta a conversar com os representantes dos jogadores, mas com todos", disse o dirigente.

"Nas últimas semanas, parece que querem mais aparecer na imprensa do que se preocupar e resolver os problemas dos jogadores".

O diretor da Fifa afirmou que, em matéria de direitos para os jogadores, "os últimos avanços partiram da Fifa, não da FIFPro".

A.Pohl--NRZ